quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Um segundo, por favor

Perdoe a simplicidade,
mas tiro agora uma fagulha do seu tempo,
pra um devaneio bobo sobre o tempo.

Eu que nunca contei tempo,
encaro hoje o relógio, aflito,
vendo tempo esparramado,
perdido, derramado,
castigando a cuca exclamando:
Contar tempo, que infeliz passatempo!

Vida debochada...
quando quis parar o tempo,
sem misericordia ele passava,
com requinte, voava.
Tempos saudosos,
infantis, adolescentes.
Selvagens, carentes.

Perdoe as palavras simples,
a falta de poesia desses versos...
Rima manjada,
palavra forçada.
Se tirei um segundo do seu tempo,
hoje eu que carrego infeliz passatempo,
ao menos matei algumas horas do meu tempo.














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